Mas, me dá uma raiva!
Por Susie Pek
26/07/2019, às 12h02 | Conteúdo atualizado em 29/12/2020, às 19h43
Quando eu era pequena existia um personagem humorístico que mediante a alguma situação que o contrariava dizia: “Me dá uma raiva, amanhã eu não venho!” Sempre achei a frase engraçadinha, mas o sentimento de raiva em si não tem nada de engraçado. A gente sabe como funciona: o sangue começa a ferver, o coração palpita e de repente surge uma vontade louca de pular no pescoço de alguém! O ataque de raiva nos transforma em outra pessoa.
E tão ruim quanto sentir raiva é presenciar um ataque de ira de alguém, mesmo que o ataque não nos envolva diretamente. Os gritos descontrolados, palavras de ódio, rogação de pragas e a respiração alterada geram pura tensão!
É, essa tal de ira é um sentimento bem traiçoeiro. Quando menos esperamos podemos ser tomadas por ela. Ela nos tenta a dizer e fazer coisas sem medir consequências e nos cega para os resultados que essas ações podem nos trazer. Quando permitimos que a ira nos cegue, às vezes colhemos consequências que mudam o rumo da nossa vida para sempre. E tudo o que nos resta é lidar com a culpa e o arrependimento. Chegamos até a dizer “se arrependimento matasse, estaria morta”, mas aí já é tarde demais. Por isso é importante ponderarmos em nossas ações antes de chegar nesse ponto. Podemos escolher entre ser controladas pela ira ou exercer controle sobre ela. Mas a gente sabe que exercer esse controle sobre ela não é tão simples assim.
Quando o assunto é dominar a ira, precisamos de ajuda, uma ajuda infalível e que vem do alto. Necessitamos do auxílio do Espírito Santo de Deus que habita em nós e nos capacita a viver uma vida diferente. Podemos depender dele para exercer o autocontrole. A passagem de Efésios 4:31 nos ensina qual é a escolha mais acertada em se tratando de ira: “Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade!” Não é incrível que Deus nos dá ensinamentos tão práticos? Somos instruídas a não deixar que a ira nos domine e a agir deixando que Deus mude nossa história e nos ajude a abandonar a ira e seus companheiros. Isso não acontece da noite para o dia, é um processo de dependência de Deus. Com cada situação nova se faz necessário uma nova escolha. O Senhor vai nos transformando um passo por vez e aos poucos vamos experimentando a alegria de uma vida livre do jugo da ira.
No amor do Senhor,
Susie Pek – Coordenadora do Mulheres de Esperança RTM Brasil & América Latina