Presença real mesmo se não o reconhecemos
Por Susie Pek
19/04/2019, às 07h30 | Conteúdo atualizado em 29/12/2020, às 19h43
Três dias tinham se passado desde a trágica morte de Jesus. Tudo aconteceu tão rápido. Tudo estava tão nebuloso. As mulheres tinham passado no túmulo e mencionaram que o corpo de Jesus não estava lá. Disseram também que anjos afirmaram que Jesus havia ressuscitado. Talvez elas estivessem tão entristecidas que ficaram confusas e imaginaram coisas. Se esse fosse o caso, era compreensível, afinal a vida sem o mestre não tinha mais a mesma cor.
Naquele mesmo dia dois dos discípulos de Jesus seguiam em direção a um povoado chamado Emaús e a conversa não poderia ser outra, senão tudo o que havia acontecido naqueles dias. Ao longo do caminho um homem se aproximou e perguntou a eles sobre o que falavam e um deles entristecido respondeu num tom inconformado: “Você é o único visitante em Jerusalém que não sabe das coisas que ali aconteceram esses dias?” ao que o homem retrucou: “que coisas?” e eles responderam: “O que aconteceu com Jesus de Nazaré que era um profeta, poderoso em palavras e em obras diante de Deus e de todo o povo. Os chefes dos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram; e nós esperávamos que era ele que ia trazer a redenção a Israel.Os discípulos estavam entristecidos e decepcionados, porque acreditavam que a morte de Jesus tivesse colocado um fim às suas expectativas de redenção.
Assim como ficamos diante das dores e decepções experimentadas, os discípulos estavam tomados de tristeza diante da frustração. Seus olhos estavam fixos na dor o que os impediu de crer nas boas notícias das mulheres e de reconhecer quem caminhava com eles. Mesmo assim, o visitante seguiu jornada com eles e discorreu acerca de Moisés e dos profetas. Ao anoitecer, os dois discípulos convidaram o viajante a jantar com eles e no momento em que aquele homem, até então desconhecido, partiu o pão e deu graças, os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus que logo desapareceu da vista deles. Os discípulos se olharam e disseram um ao outro: “Não estavam ardendo os nossos corações dentro de nós, enquanto ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?” A breve decepção sentida foi dissipada naquele momento. Eles compreenderam que Jesus é o Messias e que Ele cumpre suas promessas. Ele disse que era necessário que morresse, mas prometeu que ressuscitaria e foi o que fez.
Jesus está vivo à destra de Deus Pai, intercedendo por nós. Nele não há sombra, não há engano e nem decepção. Que segurança incrível é pertencermos a Jesus! Que os nossos olhos o reconheçam mesmo em meio às tragédias da vida!
Feliz Páscoa!
Susie Pek – Coordenadora
Mulheres de Esperança RTM Brasil & América Latina