Quando o silêncio fala alto!
Por Susie Pek
21/02/2020, às 10h55 | Conteúdo atualizado em 07/05/2021, às 21h42
Ah, o silêncio! Que sujeito mais interessante! Ele pode causar estranheza ou aconchego, denunciar intimidade ou distância, aquietar ou incomodar. Particularmente, gosto muito do som do silêncio… quer dizer, na maioria das vezes. Penso numa linda manhã ensolarada, com o céu azulado, a temperatura amena e o doce som do silêncio como o grande protagonista do dia! Se fosse resumir esse momento em uma palavra diria ‘sublime’. Nada como uma manhã silenciosa para tranquilizar um coração atribulado ou fazer uma alma feliz sorrir pela doçura dessa hora.
Claro que já experimentei o desconforto causado pelo silêncio também. Quantas conversas foram precocemente encerradas pelo silêncio dos que estavam presentes. Quantas perguntas ficaram sem respostas. Alguns dizem que o silêncio após uma indagação, é uma resposta, ainda que não muito clara. Entretanto, o silêncio mais desconfortável que já experimentei foi o da minha própria alma! Sabe aquele silêncio profundo e inexplicável? Do tipo que surge quando menos se espera e que nos apresenta com uma situação em que não apenas nos faltam palavras, mas qualquer expressão dentro de nós? Somos incapazes de produzir som, quer seja de tristeza, surpresa ou indignação. O que reina é o mais completo e incômodo silêncio.
Mesmo tendo vivido esses momentos de total ausência de sons e expressões, encontro um conforto: Deus conhece nossas palavras, antes mesmo que elas se formem. Ele nos ouve e interpreta os silêncios e aflições de nossas almas. Podemos nos sentar diante de Deus e encontrar descanso. O profeta Jeremias afirmou em Lamentações 3.26: “Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio.” Jesus nos faz um lindo convite em Mateus 11.28 ao dizer: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” Mesmo que as palavras nos faltem, não há estranheza e nem distância quando estamos na presença do Senhor, porque Ele nos conhece e ouve até mesmo o que não dizemos. Como é bom saber que, mesmo quando os sons nos faltam, o nosso Deus nos auxilia: “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.” (Romanos 8.26)
No amor do Senhor,
Susie Pek – Coordenadora do Mulheres de Esperança RTM Brasil & América Latina