Você desperdiçou o amor!
Por Susie Pek
23/08/2019, às 17h14 | Conteúdo atualizado em 29/12/2020, às 19h43
Você desperdiçou o amor
Em seu livro ‘Os quatro amores’ C.S. Lewis afirma: “Amar é ser vulnerável!” Particularmente, fico encantada com tudo o que essa declaração traduz, mas se formos honestas, diremos que a sensação de vulnerabilidade é extremamente incômoda, especialmente em se tratando de amor.
Recentemente conversava com uns amigos sobre relacionamentos e seus muitos aspectos. Falamos sobre como cada um reage diante das mudanças que as relações, sejam elas de amizade, familiares ou amorosas, inevitavelmente enfrentam. O intrigante é que a grande maioria das reações tinha um elemento em comum: a autodefesa. À medida que um relacionamento se aprofunda, o nível de vulnerabilidade aumenta na mesma proporção. Aos poucos vamos nos doando e convidando o objeto do nosso amor a participar mais intimamente do nosso universo. Sem que percebamos, nos fazemos vulneráveis. Enquanto tudo vai bem, nos sentimos seguras e tranquilas, mas no momento em que atravessamos uma crise nos deparamos com a nossa fragilidade.
Sentimos que nosso amor foi desprezado, jogado fora como se não tivesse nenhuma importância. Conhecemos bem as canções que contam as dores de um coração machucado e percebemos que poderíamos facilmente dizer para quem nos magoou: “Você desperdiçou um amor”! E ainda afirmar: “Nunca mais vou amar novamente!” Quem nunca? A dor pode despertar essas emoções em nós e nos levar a cometer a loucura de fechar nosso coração pra sempre e não mais nos permitir experimentarmos a vulnerabilidade.
Imagino que você possa dizer: “Não há loucura nenhuma nisso, pelo menos vou me resguardar!” Sabemos que vivemos no mundo real e que às vezes, as duras circunstâncias da vida, nos obrigam a nos afastar até mesmo de pessoas que amamos muito. Mas, trancar o coração num baú pode nos levar a algo mais terrível: fazer com que um coração que antes era pulsante, saudável e feliz se transforme num coração inquebrável, impenetrável e irrecuperável.
Amar é um privilégio que nos torna vulneráveis e sensíveis. Mas, amamos porque Ele nos amou primeiro. Amamos porque Deus é nossa fonte de amor. Em Jeremias 31.3 o Senhor nos diz “Eu a amei com amor eterno; com amor leal a atrai!” No salmo 136 lemos inúmeras vezes que o amor do Senhor dura para sempre! O amor do Senhor é estável, imutável, incondicional e eterno. Ele não desperdiça o nosso amor e nos ensina a amar. Seu amor é incomparável por isso afirmamos com o salmista: “O teu amor é melhor do que a vida! Por isso os meus lábios te exaltarão.” (Salmos 63:3)
No eterno amor do Senhor,
Susie Pek – Coordenadora do Mulheres de Esperança RTM Brasil & América Latina