Celebrando o Natal cristão
Por Lucas Meloni
23/12/2022, às 10h00 | Conteúdo atualizado em 22/12/2022, às 10h39
Celebrar o “Natal Cristão” é celebrar o maior dos milagres da humanidade. Trata-se de algo absolutamente singular — algo inconcebível! O próprio Deus veio ao mundo. Mas não com a sua glória pomposa ou exuberante. Ele veio como homem, através da natalidade. Deixou de ser abstrato e desencarnado, para se tornar o Emanuel — Deus em nossa jornada, Deus conosco. É por essa razão que compreendemos que o sentido do Natal não poderia ser outro senão este: Deus se fez presente. E não apenas isto.
Por meio da sua encarnação, ele mostrou ao mundo sem Deus o homem real e o Deus real. Eis a sentença: sem o Emanuel, não há a celebração do “Natal Cristão”. Mas por que dizemos “Natal Cristão”? Ora, em nossos dias, percebe-se cada vez mais um cristianismo estranho. Ao que tudo indica, na pior das hipóteses, um cristianismo sem Cristo. É daí que surge um Natal sem Cristo — traço da cultura sem Deus.
Note bem: Cristo é o sentido do Natal. Aliás, ele é o autor supremo do Natal! É por isso que a verdade de que um menino nos nasceu não pode ser deixado de fora nessa celebração maravilhosa. A declaração do “evangelho” de Isaías 9.6 deve ser levada em conta. Com razão alguém disse: “não faz sentido festejar o nascimento do bebê sem o bebê.” Ao que tudo indica, não deveríamos olhar para outro lugar senão para uma manjedoura. Todavia, não uma manjedoura vazia. Afinal, o bebê se fez presente. E, como se não bastasse, ao olhar para essa manjedoura, vê-se algo incomum. Um bebê sem festejo — sem riquezas aos olhos humanos. Mas há um mistério: esse bebê é o criador de tudo que existe, incluindo a sua própria manjedoura. Ninguém imaginou que a manjedoura era o berço de um bebê que opera Paz na terra, Paz definitiva — sim! Paz permanente.
Eis a verdade preciosa: a promessa do Deus que se faz presente estava vinculada a um bebê que nasceu, cresceu, morreu numa cruz e ressuscitou para nos salvar!
Celebremos o Natal, mas um Natal com Cristo.
David Bango
Pastor, escritor, coordenador editorial da RTM Editora e professor de filosofia
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