Faz de novo, Senhor
Por Convidado(a)
07/08/2024, às 10h45 | Conteúdo atualizado em 07/08/2024, às 10h43
Quando observamos toda história através dos séculos, identificamos grandes injustiças, sobretudo com os menos favorecidos. À luz das Escrituras Sagradas podemos perceber um Deus que cuida dos pobres e necessitados e aponta para a justiça desde o princípio (Deuteronômio 15.11). Para compreender melhor o chamado e vocação da igreja, é preciso mudar nossas lentes para uma visão da graça e compaixão tão enfatizada nos evangelhos.
Lamentavelmente as injustiças e violências aumentaram. O que podemos fazer para mudar esse cenário? A princípio podemos refletir qual o papel da igreja frente às demandas sociais do nosso país e a partir disso voltarmos ao evangelho de Jesus. Segundo Timothy Keller, em seu livro “Igreja Centrada”, o que o cristianismo contemporâneo enfrenta é o dilema entre o relativismo e o legalismo, ambos nocivos para uma comunidade de fé saudável.
O chamado para a igreja em tempos de caos sempre será o de promover a esperança e acolher os perdidos. Esse fundamento precisa ser restaurado pelo pilar da graça tão percebida, mas pouco vivida atualmente. Não podemos continuar insensíveis aos que sofrem e nem seletivos no tocante ao anúncio do evangelho, em nossas compreensões, enfrentamos essas realidades de forma simultânea, ou seja, pregamos o evangelho com palavras porque a fé vem pelo ouvir (Romanos 10.17) e alimentamos o faminto porque o exemplo arrasta. Na dinâmica do evangelho de Jesus, a prática sempre anda junto com a teoria.
Gosto muito de uma frase de John Wesley que diz “Se você não pode trazer alívio, não traga aflição”. Para fundamentar essa frase, é preciso recorrer ao evangelho de Mateus 11.28: “Vinde a mim todos os cansados e sobrecarregados que eu vos aliviarei“. Esse versículo deve direcionar toda nossa jornada cristã.
Minha oração é que Deus nos ajude a despertar para um avivamento genuíno como o ocorrido no século 18, na Inglaterra. Eis-nos aqui! Faz de novo, Senhor!
Georg Emmerich
Pastor da Igreja Metodista Central, em Natal (RN), e idealizador / coordenador do projeto Igreja nas Ruas